Barbacenense restaura e coleciona bicicletas antigas
31/01/2011 22:34
Na tarde de sábado (28), enquanto colocava quatro bicicletas inglesas para fora da sua oficina de moto, José Eustáquio, mais conhecido como Tatá, não ficou com medo de que alguém as furtasse. “Ninguém quer bicicleta antiga. As pessoas chamam isso de ‘camelo’”. Diferente do senso comum e tendo amor à história da bicicleta, Tatá restaura e coleciona bicicletas antigas. Ele chega a ficar de seis meses a um ano para concluir um processo de revitalização e colocá-las em pleno funcionamento, com total respeito à originalidade. O colecionador explica que desenvolveu esse gosto depois de conviver com um colega de trabalho que tinha algumas bicicletas antigas. “Nos momentos de folga, ele ficava polindo as peças e eu não entendia como ele gostava daquilo”, conta. Até que um dia esse mesmo amigo levou Tatá a adquirir o primeiro modelo: uma bicicleta de design alemão, mas fabricada no Brasil, da marca Bristol, que pertenceu ao mesmo dono por 68 anos. Agora ele revira a cidade toda atrás de uma raridade geralmente trazida por imigrantes. Ele se dedica à coleção nos fins de semana e conta com a ajuda de Sérgio, que faz a pintura (Arte Sérgio) em aerografia, uma técnica diferente da que era empregada pelo fabricante, mas cujo resultado é igual: não deixa relevo entre as listras. Embora o colecionador consiga alguns modelos antigos descaracterizados, ele pesquisa, vê filmes e procura vestígios que mostrem como era a pintura original. A história contada pelas bicicletas
Barbacenense restaura e coleciona bicicletas antigas
Tatá apresentou ao Barbacena On Line quatro tipos de bicicletas antigas: Raleigh (1951), Armstrong (1939), Rudge (1947) e Phillips (1941). Além disso, ele mostrou peças das bicicletas que estão em processo de restauração. No total ele tem uma coleção de 10 exemplares. Ao reparar todos esses modelos é possível identificar traços culturais e enxergar gerações que fizeram a vida em cima de uma bicicleta.
———
Voltar